A Pri descreveu tão bem a situação que passamos quando o nosso bebê cresce e vai para a escolinha que até parece que fui eu que escrevi o texto.
Eu quero compartilhar com vocês a minha experiência com o Oliver.
E uma coisa já posso adiantar: não desista do português! Se é isso que você quer, não desista! Existem desafios, dificuldades, dúvidas, mas estamos aqui para compartilhar a nossa experiência e conteúdo para te ajudar!
Aqui em casa é assim: eu falo português com as crianças e meu marido, alemão. Entre ele e eu, é alemão. Ou seja, o português aqui dentro de casa é minoritário. Tenho a vantagem de que, durante um ano, por conta da licença maternidade, eu passo bem mais tempo com eles e, assim, eles têm mais contato com a língua portuguesa. Mas após esse ano, tudo muda. O Oliver entrou na escolinha com 1 ano e 2 meses. Logo quando ele começou a falar as primeiras palavrinhas.
No começo, ele usava palavras nas duas línguas, mas com o tempo, as em português foram se perdendo. De vez em quando, eu perguntava para a educadora se o Oliver falava alguma coisa em português para saber se ele estava se adaptando ao ambiente de língua alemã e ele nunca teve problema. Sempre se comunicou bem. Isso me trouxe uma segurança, pois me mostrou que o português não atrapalhou a aquisição do alemão.
Até os 3 anos, ele entendia tudo nas duas línguas e, ao falar, era o alemão. E uma coisa que eu nunca fiz foi forçá-lo a falar a minha língua comigo… sempre tive receio de que se forçasse, talvez ele criasse uma barreira com o português. Eu tento transmitir o português com muito amor e falar na minha língua materna é a minha melhor forma de expressar esse carinho.
Com relação a ele falar muito mais alemão, já mudou muito (e ele está com 3 anos e meio). Vou falar em um próximo texto sobre essas mudanças. Melhorou muito quando passamos férias no Brasil e ele tem mostrado muito mais interesse pela língua.
Nos próximos posts, a Pri e eu trataremos desse assunto bem de perto. Espero que a gente possa ajudar vocês e seria muito legal ouvir sobre as suas experiências também!
Escrito por @anaehrmann
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