Adaptação do Oli na escolinha na Alemanha

Infelizmente, eu não o sei como são atualmente as escolinhas no Brasil, por isso vou apenas contar um pouco da minha experiência de como tem sido aqui.

O Oli começou na escolinha na quinta passada! Eu estava mega ansiosa! Como se fosse o MEU primeiro dia! Eu já tinha ido em setembro na escolinha para a reunião de pais e, naquela noite, conheci as educadoras e a sala de aula dele. A primeira impressão de tudo foi muito positiva.

No primeiro dia dele, chegamos às 9 horas da manhã, como tinha sido combinado. Essa é a hora em que as crianças já tomaram café-da-manhã e estão brincando. Então, para uma criança que está começando na escolinha, é o melhor horário. Nos primeiros dias, os pais ficam junto na sala e vão saindo aos poucos. O Oli é super tranquilo e não é de estranhar pessoas novas. No primeiro dia na escolinha, não foi diferente. Ele entrou meio tímido, ficou 2 minutos perto de mim e… foi brincar! Nem pensem que ele ligou muito para mim durante esse tempo, viu… Eu tinha de levar alguns documentos para a diretoria e o deixei 10 minutinhos sozinho. Falei tchau e disse que já voltava. Ele percebeu que eu ia sair e deu uma chorada, mas nada muito fora do comum. Voltei e ele estava reclamando um pouquinho, mas nada demais. Depois disso, voltamos para casa.

No dia seguinte, foi praticamente a mesma coisa, mas dessa vez ele entrou praticamente correndo, como se já tivesse feito isso umas 100 vezes. Aí tivemos um final de semana no meio, e, na segunda-feira, ele ficou meia hora sozinho, na terça, uma hora e na quarta, simplesmente deixei e ele ficou um pouco mais. Na quinta, ele já ficou para o almoço e na sexta, ele já dormiu por lá!!! Na terça seguinte foi o primeiro dia que ele já chegou para o café-da-manhã e eu o busquei depois do lanche da tarde. Eu tinha praticamente certeza de que ele iria se dar bem por lá, mas mesmo assim, fiquei impressionada com a rapidez e muito orgulhosa do meu pequenininho.

Às vezes, alguns me perguntam “E você? Como ficou quando deixou ele sozinho??” Olha…eu achei que iria sentir mais… mas fiquei muito tranquila com a “separação”. Gostei tanto de lá, das professoras e vejo que faz um bem para ele. Isso me deixa tão segura de que ele está bem, que acabo ficando bem também. Essa tranquilidade é importante tanto para o Oliver quanto para mim, é impressionante como eles sentem tudo por o que estamos passando.

Enquanto eu não estou trabalhando, tenho levado o Oli à escolinha a pé e ele vai no carrinho. Assim é bom, pois já tomamos nosso ar fresco do dia (mania de alemão). Lá tem uma garagem, onde podemos deixar bicicleta, carrinho, etc, o que facilita a vida. O carrinho fica nesse depósito até eu buscar o Oliver. Achei tudo bem prático!

Na frente da sala, tem um hall para deixar as mochilas, sapatos e casacos. É sobre essa parte que eu tenho curiosidade de saber como é no Brasil. Porque aqui a gente veste mil casacos para sair, mas, quando entramos em algum lugar, tiramos tudo e precisamos pendurar. Cada criança tem seu lugarzinho e cada um está marcado por um bichinho. O do Oli é um cachorro. Em cima, tem uma caixinha para deixar gorro e luvas. Antes de entrar na classe, as crianças trocam de sapato, o que eu acho ótimo.

Na frente da sala, tem um mural e lá eles colocam as fotos das crianças que estão entrando, o cardápio da semana, o calendário do mês com as atividades que fizeram no dia e com os eventos do mês. Agora em novembro, por exemplo, no dia 10, eles fizeram uma festa da lanterna, pois dia 11 é dia de São Martin. Quando as crianças são um pouco maiores, toda escola organiza uma Lanterneumzug (desfile de lanterna). As crianças que fazem as próprias lanternas! É muito bacana. Eu, que não sou alemã, me esqueci completamente disso e acabei comprando uma lanterna bem baratinha. Logo eu que amo essas coisas feitas a mão. Mas acontece, sem problemas! No ano que vem, o Oli e eu vamos fazer uma bem bonita. Acho essa data e sua tradição lindas!

Estou curiosa agora com os preparativos do próximo mês. Em dezembro, tem muita coisa legal que não temos no Brasil, mas isso vai ser um tema para um próximo post.

E com você? Como foram os primeiros dias da escolinha do seu filho? Compartilhe com a gente sua experiência! É um momento tão gostoso!

4 comentários em “Adaptação do Oli na escolinha na Alemanha”

  1. No post acima só esqueci de comentar que a idade das crianças a qual trabalhei eram de 3 anos e elas tbm já aprendiam a escrever o próprio nome em letra bastão -ou ao menos conhecer a primeira letra do mesmo- que nas atividades, armários e saquinhos eram destacadas de vermelho.

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  2. Legal a experiência Ana! Eu posso dizer um pouco de como é a educação infantil no Brasil. Tive oportunidade de estagiar por 2 anos em uma escola bem renomada da minha cidade nessa área. Lá tem tbm a fase de adaptação da criança , mas como não é uma escola de tempo integral, elas não fazem a refeição principal lá, apenas um lanche no meio do período . Não, elas não trocam de roupa nem de sapato porque obviamente para o clima de lá não se aplica essa prática, mas se ao final do período a criança (depois de brincar no parque de areia ou de um lanche, por exemplo ) estiver com a roupa muito suja, há uma troca na mochila de cada um. Há tbm um armário para cada aluno dentro da sala de aula, armário este na altura dos “pequenos” para que eles possam ter independência e acesso aos materiais. Assim que chegam na sala as mochilas são organizadas à frente (debaixo da lousa) . Ao fundo tem um varal com um saquinho e o nome de cada aluno para que as atividades feitas sejam armazenadas por eles mesmos. Na hora do lanche são estimulados a comererem sozinhos e ao final fazem a escovação dos dentes. A comunicação com os pais é feito através de uma agenda que todos os dias as crianças colocam em cima da mesa da professora, se houver alguma novidade ou incidente, ali será escrito e reforçado ,se necessário , quando o responsável for buscar. Enfim , entre outras coisas…há bastante estímulo para a independência da criança, mas talvez ao contrário da Alemanha é voltado para um início de alfabetização desde muito cedo.

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  3. Ana, gostei muito do seu texto. Adorei você não saber “ como é no Brasil“
    É igual, menos a parte de pendurar quilos de casacos, luvas e gorros! Já imaginou num dia de verão neste nosso país tropical???

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